segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Poesia-me

Há coisas que apenas a vida, o tempo, muito tempo, nos ensinam a fazer. Uma delas é como arrancar do peito sentimentos indesejados. Sentimentos que se apoderam de nós de forma avassaladora, sentimentos que nos poesiam a alma de melancolia, saudade e dor. Sentimentos que luxuriosamente prometeram o toque mágico do arco-íris, mas que nada mais trouxeram do que a escuridão de um dia de chuva. É preciso tempo, muito tempo. O tempo vai passando… e os sentimentos, esses, por vezes embalados por Morfeu, levam-nos a crer que aí ficarão num sono eterno. Tolos os inocentes que creem. E quando nos julgamos a chegar à margem, cansados de tanto remar, eis que de repente, como o vulto que vive na sombra, nos apunhalam o peito com um golpe certeiro, tomando de refém o coração, fazendo jorrar toda a saudade e a dor.

5 comentários:

  1. Eu ainda não aprendi a fazer isso... e quem sofre sou eu, claro.

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  2. Um beijinho enorme envolvido num abraço apertado!

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  3. Fico sem palavras quando te leio.

    Beijinho

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  4. Como compreendo bem a afirmação de sentimentos avassaladores que electrificam cada fio de mim e da minha alma.
    A saudade aumenta...
    beijocas

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